quinta-feira, 31 de maio de 2007

Dias que... Não senhora!

O movimento das pálpebras perturba-me. A respiração atrapalha-me. E sinto que devia andar às arrecuas como a Alice no País das Maravilhas. Vários muros de betão atropelam-me o olhar e o dia corre ao meu lado, como se eu o estivesse a ignorar, como se não necessitasse de intervir para ele fazer sentido.
Um dia a correr veloz, ao meu lado, imperturbável.
Resta-me pensar que não era meu. Há dias que são nossos e outros que não. Eu prefiro assim. Se tem que ser mau para mim, retirem-mo. Ofereçam-no a quem corre ao lado deles com agrado. Ficamos todos a ganhar. Ficamos todos com dias que (sim senhora!) são maravilhosos e, em vez de envelhecermos, rejuvenescemos a cada dia que passa.
Era tão fácil legislar para este mundo!... Não compreendo porque não me deixam…

P.S- Este dia foi um dia que sim, senhora(!) para uma grande amiga. A Elsa deu vida ao Gabriel. Já é a segunda criança no espaço de três dias… Espero que a minha teoria da distribuição dos dias bons pela humanidade faça algum sentido, agora…

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