segunda-feira, 2 de julho de 2007

O amor, esse micróbio!

O tema tem longas barbas brancas entrançadas a varrer o chão. (Facto).
Qualquer alfabetizado consegue elaborar uma frase sobre a questão e fazer com que ela corra mais ou menos bem, fazendo sempre algum sentido para alguém. (Facto).
Eu nem queria falar sobre isso.
Facto.
Cerca de 90% daquilo que escrevo é sobre esse micróbio parasita das emoções. E sempre que me apaixono e desapaixono (ou vejo isso a acontecer a alguém) não paro de me surpreender com a total ausência de aprendizagem sobre o assunto. Sei que tudo o que vivi e disse de nada me servirá, quando (e se) me voltar a acontecer. (Facto verificado várias vezes, felizmente).
Já disse neste blog e repito: para o fim nunca nos conseguimos preparar.
E, em meu entender é só (!?) esse o problema do amor, seja ele de índole romântico, fraterno ou tenha o conforto inestimável e insubstituível da amizade.
Passar pelo fim de uma relação de amor é sem dúvida devastador. Mas assistir de microscópio ao estrebuchar do micróbio no corpo de alguém que amamos… pode ser duplamente infernal, cansativo e talvez mais abrangente do que passar por isso na primeira pessoa. É que, ao vermos os outros, revemo-nos a nós e tomamos alguma consciência da coisa, facto que geralmente não acontece quando somos nós os portadores da “coita”. Ufa! Ainda bem que as figurinhas que fazemos não têm o filtro da inteligência! Algo tem de sobrar (com alguma dignidade) dos destroços!

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu sou um dos corpos onde já assististe "de microscópio ao estrebuchar do micróbio". Esse maldito micróbio que adormece temporariamnete e depois volta para nos devorar as entranhas. Tens o micrscópio a jeito? É que me parece que vais precisar dele brevemente...